
A Casas em Movimento já patenteou o "sistema girassol" em 77 países e prepara-se para estrear uma casa de demonstração que será montada (e depois desmontada...) numa cidade portuguesa, onde vai mostrar as vantagens de ter uma habitação que produz cinco vezes mais energia do que a que necessita. E para onde vai esta energia a mais? "Pode ter várias finalidades. Pode carregar o carro, ou carros, da família ou, até, alimentar as casas que lhe estejam próximas. Fizemos um teste com um Smart elétrico e concluímos que podíamos fazer 160 mil quilómetros/ano com o automóvel a ser alimentado pela casa", adianta o arquiteto responsável pelo projeto, que explica as vantagens da estrutura ser desmontável: "Se uma das nossas casas estiver a ser usada como residência de férias no Alentejo, nada impede que os proprietários, um dia, a mudem, por exemplo, para o Gerês. Não é preciso investir numa nova construção nem pensar se há energia elétrica por perto. Basta desmontar de uma localização e montar noutra." O facto de ser uma construção modular tem mais vantagens. A rotação do eixo central da estrutura permite que as várias divisões da casa mudem de posição, e se ajustem às necessidades dos inquilinos. "É uma casa que pode mostrar o nascer do Sol na mesma janela onde também revela o pôr do Sol.
E não só. Imagine-se o seguinte cenário: ao pequeno-almoço, a cozinha pode ter 15 m2, mas, há hora do jantar, a rotação dos módulos da casa pode juntar a cozinha com a sala e criar um espaço de 45 m2. Isto é possível e estamos, neste momento, a testar a que velocidade é que a rotação deve ser feita", descreve Manuel Lopes, com o entusiasmo típico do empreendedor que vê a sua startup recolher, finalmente, a atenção de potenciais investigadores. Na mira, pode estar a construção de um hotel para uma grande cadeia internacional e até de bairros inteiros em países nos quais a rede elétrica é pouco eficiente e onde é necessário recorrer a geradores.
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