quinta-feira, março 26

20º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL TEM INSCRIÇÕES ABERTAS

Estão abertas as inscrições para o 20º Congresso Brasileiro de Direito Ambiental. O evento acontecerá de 23 a 27 de maio em São Paulo, na Fundação Mokiti Okada e contará com palestras de especialistas brasileiros e estrangeiros. Entre eles, o alemão Gerd Winter, que já contribuiu com renomadas instituições como o Fundo Global para o Meio Ambiente, além dele, outra presença confirmada é do Ministro do STJ, Antonio Herman Benjamin.
Para participar do evento basta preencher a ficha cadastral no site, http://congresso.planetaverde.org/inscricoes. São cinco tipos de inscrição nota de empenho para empresa pública, associado do instituto, profissional em geral, estudante de graduação e estudante de pós-graduação. Até o dia 31 de março, os profissionais que se inscreverem pagam R$ 350,00. Após essa data,e até 22 de maio, o valor passa para R$ 400,00 e no dia do evento, o preço será de R$ 500,00. Já para os estudantes, de graduação e pós, o valor não muda: é de R$ 100,00, tanto nas datas como na Fundação. Para os associados do Instituto O Direito Por Um Planeta Verde, a entrada é gratuita. Os valores para empresas públicas encontram-se no site do evento.
Entre os especialistas confirmados está o alemão Gerd Winter, que já contribuiu com renomadas instituições como o Fundo Global para o Meio Ambiente (Global EnvironmentFacility). Além dele, o Ministro do STJ Antonio Herman Benjamin, a doutora portuguesa em Ciências Jurídico Políticas na área de Direito do Ambiente, Maria Alexandra Souza Aragão são alguns dos palestrantes do evento, que acontece na Fundação Mokiti Okada, em São Paulo.
Juntamente com o encontro acontecem o 10º Congresso de Estudantes de Direito Ambiental (graduação e pós-graduação), o 10º Congresso de Direito Ambiental das Línguas Portuguesa e Espanhola, com o tema “Dano Ambiental, Prevenção, Reparação e Repressão” e também o IV Prêmio José Bonifácio de Andrada e Silva, que reconhece sete trabalhos acadêmicos inéditos em temáticas relacionadas ao meio ambiente. Ao fazer a inscrição para o 20º Congresso Brasileiro de Direito Ambiental, o participante tem direito a acompanhar os demais eventos.
20º Congresso Brasileiro de Direito Ambiental
23 a 27 de maio
Fundação Mokiti Okada
Rua Morgado de Mateus, 77 – Vila Mariana – São Paulo – SP
Mais informações:
Linhas Comunicação
(11) 3465-5888

quarta-feira, março 25

A casa autossuficiente

No futuro, a casa que habitamos será totalmente autónoma em termos energéticos e os módulos que a constituem vão adaptar-se aos nossos padrões de comportamento. Tudo isto com pouca intervenção humana


Há milhões de anos que os girassóis giram para captar a luz do Sol. O movimento serve para maximizar a absorção de energia até ao momento em que a planta dá flor. Não é a única planta a fazê-lo, mas foi no girassol que se inspiraram os investigadores da Casas em Movimento para criar o sistema que permite a uma casa rodar com o mesmo objetivo: capturar a energia do Sol. "As nossas casas ajustam-se automaticamente ao local onde são implementadas. Podem rodar ou inclinar o telhado consoante as necessidades energéticas das famílias que as habitam. São casas sustentáveis e autossuficientes", explica Manuel Lopes, o português que, em 2008, enquanto aluno na Universidade do Porto, concebeu o The Sunflower system o sistema na base destas casas que rodam 180 graus e inclinam o telhado para colher os raios de sol disponíveis ao longo do dia, transformando a energia solar em energia elétrica e térmica.

A Casas em Movimento já patenteou o "sistema girassol" em 77 países e prepara-se para estrear uma casa de demonstração que será montada (e depois desmontada...) numa cidade portuguesa, onde vai mostrar as vantagens de ter uma habitação que produz cinco vezes mais energia do que a que necessita. E para onde vai esta energia a mais? "Pode ter várias finalidades. Pode carregar o carro, ou carros, da família ou, até, alimentar as casas que lhe estejam próximas. Fizemos um teste com um Smart elétrico e concluímos que podíamos fazer 160 mil quilómetros/ano com o automóvel a ser alimentado pela casa", adianta o arquiteto responsável pelo projeto, que explica as vantagens da estrutura ser desmontável: "Se uma das nossas casas estiver a ser usada como residência de férias no Alentejo, nada impede que os proprietários, um dia, a mudem, por exemplo, para o Gerês. Não é preciso investir numa nova construção nem pensar se há energia elétrica por perto. Basta desmontar de uma localização e montar noutra." O facto de ser uma construção modular tem mais vantagens. A rotação do eixo central da estrutura permite que as várias divisões da casa mudem de posição, e se ajustem às necessidades dos inquilinos. "É uma casa que pode mostrar o nascer do Sol na mesma janela onde também revela o pôr do Sol.

E não só. Imagine-se o seguinte cenário: ao pequeno-almoço, a cozinha pode ter 15 m2, mas, há hora do jantar, a rotação dos módulos da casa pode juntar a cozinha com a sala e criar um espaço de 45 m2. Isto é possível e estamos, neste momento, a testar a que velocidade é que a rotação deve ser feita", descreve Manuel Lopes, com o entusiasmo típico do empreendedor que vê a sua startup recolher, finalmente, a atenção de potenciais investigadores. Na mira, pode estar a construção de um hotel para uma grande cadeia internacional e até de bairros inteiros em países nos quais a rede elétrica é pouco eficiente e onde é necessário recorrer a geradores.


sexta-feira, março 13

Gestão territorial de Áreas Protegidas da Calha Norte paraense é tema de evento em Belém


Compensação ambiental e criação de um mosaico de áreas protegidas serão alguns dos assuntos em pauta durante o evento

A gestão territorial das Áreas Protegidas da Calha Norte Paraense está em pauta, em Belém, nos dias 12 e 13 de março, onde ocorre a reunião de trabalho do Comitê Técnico paraense do Seminário Áreas Protegidas do Escudo das Guianas (SAPEG). O evento é organizado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Conservação Internacional, Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam), com apoio da Fundação Moore e patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, um dos instrumentos da política de responsabilidade social da companhia. O encontro conta com a presença de pesquisadores, secretários de meio ambiente dos municípios paraenses abrangidos pelas Unidades de Conservação (UCs) da Calha Norte, gestores das UCs federais, representantes de instituições federais e de organizações da sociedade civil que promovem a defesa e conservação do meio ambiente.

A Calha Norte paraense é a porção do Escudo das Guianas localizada no Pará. Ela abriga 23 Áreas Protegidas. Ao todo são 11 Unidades de Conservação (sete estaduais e quatro federais), cinco Terras Indígenas e sete Territórios Quilombolas, totalizando pouco mais de 23 milhões de hectares contiguamente protegidos, área equivalente aos estados do Paraná e Alagoas. As Áreas Protegidas da Calha Norte Paraense representam 12% de toda região do escudo das Guianas, e quase metade da área brasileira inserida em tal escudo. Se unidas às Áreas Protegidas do Amapá e Amazonas, formam o maior corredor de biodiversidade do mundo.

“O comitê técnico é fundamental para o nivelamento dos saberes técnicos das instituições que atuam na área paraense do Escudo das Guianas. O SAPEG é uma experiência única de reflexão interinstitucional sobre a governança de áreas protegidas na Amazônia, e a continuidade desta iniciativa depende da integração entre as organizações governamentais e não governamentais que participam dos comitês técnicos”, explica o representante do Ideflor-Bio, Joanísio Mesquita.

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Fonte Blog Imaflora