segunda-feira, abril 27

Criada primeira folha artificial, biologicamente ativa, que realiza fotossíntese.

Criada primeira folha artificial, biologicamente ativa, capaz de fazer fotossíntese, tornando possível o sonho da colonização espacial.

Artista desenvolveu uma funcional folha artificial que absorve a água e dióxido de carbono para a produção de oxigênio, assim como folhas naturais.

O novo material poderia fornecer uma fonte constante de oxigênio para os seres humanos em longas missões no espaço e até mesmo nos ajudar a colonizar novos planetas.
Julian Melchiorri afirma que as folhas também poderiam transformar a vida na Terra como a conhecemos, porque os edifícios poderiam ser revestidos com o material, oxigenando as casas e as áreas urbanas poluídas.
O estudante de pós-graduação do Royal College of Art, disse à revista Dezeen, que a Nasa está pesquisando maneiras de garantir um suprimento de oxigênio em viagens longas, para que as pessoas possam viver no espaço, mas que as plantas não crescem em gravidade zero. "Este material pode nos permitir explorar o espaço muito mais longe do que se pode agora", disse ele.
Melchiorri, que vive em Londres, estava trabalhando em sua folha, enquanto cursava sua pós no Curso de Inovação de Design e Engenharia, na RCA, e colaborou com cientistas do laboratório de seda da Universidade Tufts, em Massachusetts para a engenharia do material.
Ele é constituído de cloroplastos de células vegetais que são suspensas numa teia de proteína de seda. A proteína é extraída a partir de fibras de seda natural. "Este material tem propriedades surpreendentes, capazes de estabilizar moléculas", explicou ele em um vídeo.

Melchiorri afirma que ele desenvolveu o “primeiro material fotossintético que está vivendo e respirando, assim como uma folha”. Assim como folhas reais, o novo material necessita de uma pequena quantidade de água doce e luz para produzir oxigênio, ambos elementos que ainda precisam ser descobertos em outros planetas para que os humanos possam chamá-los de lares.
De acordo com o artista, o material consome pouca energia e, como resultado, a incorporação dele em edifícios modernos, para absorver dióxido de carbono, seria uma função útil, revestindo fachadas e sistemas de ventilação. “Você pode absorver o ar de fora, passá-lo através destes filtros biológicos e, em seguida, trazer ar oxigenado dentro”, explicou.
Melchiorri tem criado abajures feitos com o material. A luz da lâmpada promove a energia necessária para que ocorra a fotossíntese.

Fonte: DailyMail / Dezeen Foto: Reprodução / DailyMail via Vimeo

Cerca de 800 mil crianças forçadas a fugir da violência na Nigéria e região

Dacar/Nova Iorque, 13 de abril de 2015 – Cerca de 800 mil crianças foram forçadas a abandonar as suas casas por causa do conflito no Nordeste da Nigéria entre o Boko Haram, forças militares e grupos civis de autodefesa, segundo novo relatório do UNICEF publicado nesta segunda-feira.
Divulgado um ano após o rapto de mais de 200 alunas em Chibok, Missing Childhoods(Infâncias Perdidas) revela que o número de crianças que fugiram para salvar a sua vida no interior da Nigéria, ou atravessando a fronteira com o Chade, o Níger e Camarões, mais que duplicou em menos de um ano.
"O rapto de mais de 200 meninas em Chibok é uma das inúmeras tragédias que vêm se reproduzindo numa escala gigantesca na Nigéria e região", afirmou Manuel Fontaine, diretor regional do UNICEF para a África Ocidental e Central. "Um grande número de meninas e meninos estão desaparecidos na Nigéria – raptados, recrutados por grupos armados, atacados, usados como armas, ou forçados a fugir da violência. Eles têm o direito de recuperar a sua infância".
Esses números surgem no momento em que o UNICEF chama atenção para o impacto devastador do conflito sobre as crianças em toda a região por meio do uso da hashtag #bringbackourchildhood (devolvam nossa infância).
Como parte desse movimento, o UNICEF está  usando Snapchat (username: unicef) – uma plataforma social onde as mensagens desaparecem – para destacar a situação das centenas de milhares de crianças que estão perdendo suas infâncias, como resultado do conflito.
Para contar as histórias das crianças que fugiram da violência, UNICEF e artistas de destaque da Snapchat vão partilhar imagens baseadas em desenhos de crianças na Nigéria, no Chade, no Níger e em Camarões. Os trabalhos artísticos refletem aquilo de que as crianças sentem falta das suas casas e as feridas emocionais e o sofrimento que suportaram, incluindo assistir ao assassinato, tortura ou rapto dos seus pais e irmãos.
O público será também convidado a partilhar aquilo de que sentiria mais falta se fosse forçado a deixar as suas casas – quer na Snapchat, quer noutras redes sociais usando a hashtag #BringBackOurChildhood.
Missing Childhoods descreve como o conflito está afetando duramente as crianças na Nigéria e em toda a região em múltiplas vertentes:
  • As crianças estão sendo usadas nas fileiras do Boko Haram – como combatentes, cozinheiros, carregadores e vigias.
  • As jovens mulheres e as meninas estão sendo obrigadas a se casar, forçadas a trabalhar e violentadas.
  • Os estudantes e os professores têm sido alvos deliberados – com mais de 300 escolas danificadas ou destruídas e pelo menos 196 professores e 314 crianças em escolas mortos até o fim de 2014.
O UNICEF reforçou a sua resposta humanitária a essa crise. Nos últimos seis meses, o UNICEF proporcionou a mais de 60 mil crianças afetadas pelo conflito na Nigéria, no Níger, em Camarões e no Chade acompanhamento e apoio psicossocial para ajudá-las a aliviar a dor de suas lembranças, reduzir o estresse e lidar com as perturbações emocionais.
O UNICEF também está trabalhando com parceiros para fornecer água segura e serviços de saúde vitais, restaurar o acesso à educação por meio da criação de espaços de aprendizagem temporários e assegurar tratamentos terapêuticos a crianças desnutridas.
Enfrentando um grave déficit de financiamento, o UNICEF está conclamando os doadores internacionais a aumentar o seu apoio financeiro para os esforços de ajuda na Nigéria e nos países vizinhos. O UNICEF recebeu apenas 15% dos US$ 26,5 milhões necessários para a sua resposta humanitária na Nigéria em 2015, e não mais que 17% do seu apelo humanitário global de financiamento para Camarões, 2% para o Níger e 1% para o Chade.
Para mais informações, visite a página da campanha (em inglês):http://bringbackourchildhood.tumblr.com/
Sobre o UNICEF – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) promove os direitos e o bem-estar de cada criança em tudo o que faz. Com os nossos parceiros, trabalhamos em 190 países e territórios para transformar esse nosso compromisso em ações concretas que beneficiem todas as crianças, em qualquer parte do mundo, concentrando especialmente os nossos esforços para chegar às crianças mais vulneráveis e excluídas.
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Para mais informações
Laurent Duvillier, Escritório Regional do UNICEF para a África Ocidental e Central
Telefone: + 221 77 740 35 77
Rose Foley, Sede do UNICEF em Nova Iorque
Telefone: + 1 917 340 2582

Fonte: ONU / Unicef