quarta-feira, setembro 15

Cultivo de cumaru une conservação e desenvolvimento na Amazônia

Em meio a um cenário de recordes de desmatamento e queimadas, muitas comunidades que vivem na Amazônia, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos, seguem resistindo para demonstrar que é possível promover uma economia de produtos florestais que concilie conservação e desenvolvimento. Um exemplo é a árvore do cumaru, cuja semente pode ser utilizada tanto na indústria de cosméticos, quanto na gastronomia, sendo utilizada para incrementar receitas de sobremesas, principalmente.

Com foco no desenvolvimento da economia da floresta em pé, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), por meio do programa Florestas de Valor, ajuda a estruturar essa cadeia em Alenquer e outros municípios, no norte do Pará, na região conhecida como Calha Norte do Rio Amazonas. O município de Alenquer é um dos principais produtor do país, com 36% da produção brasileira entre 2016 e 2018.

Foto: Imaflora

Para operacionalizar a produção, foram estabelecidos dois entrepostos comunitários no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Paraíso e instalados secadores solares para as sementes, além de treinamento por consultores da empresa e técnicos do Imaflora para garantir a qualidade do produto.

Comércio ético

Um dos desafios foi estimular a comercialização com remuneração justa para as comunidades, que antes dependiam de atravessadores. O Origens Brasil®, criado em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA) e administrado pelo Imaflora, permitiu o estabelecimento de conexões diretas entre as comunidades extrativistas e empresas.

“Ano passado foram três toneladas comercializadas e, desde o começo da parceria, em 2017, o valor transacionado gira em torno de R$ 800 mil”, conta Leo Ferreira, Coordenador de Projetos do Imaflora.

A safra de cumaru teve início em agosto e segue até o início de novembro. Para este ano, a expectativa é de que haja uma movimentação de meio milhão de reais.

“A demanda pelo cumaru tem crescido substancialmente nos últimos anos, tanto na indústria de cosméticos, quanto no mercado alimentício e de alta gastronomia. Atualmente, a demanda é maior que a oferta no escopo de atuação da Rede Origens Brasil®, principalmente pela sinalização do aumento de compra da empresa de cosméticos Lush, membro da rede desde 2016”, afirma Luiz Brasi Filho, coordenador da Rede Origens Brasil® no Imaflora.

As sementes são usadas para cosméticos e gastronomia e, recentemente, o Imaflora firmou parceria para o uso do cumaru em uma cerveja da Cervejaria Seasons, ampliando a demanda pelo produto.

“ESSA CRESCENTE, TEM INDICADO UMA NECESSIDADE DE EXPANSÃO PARA NOVAS ÁREAS COM CUMARU, AUMENTANDO O IMPACTO POSITIVO PARA MAIS COMUNIDADES NA AMAZÔNIA, E FORTALECENDO A ECONOMIA DA FLORESTA EM PÉ.”

Luiz Brasi Filho, coordenador da Rede Origens Brasil® no Imaflora
Foto: Imaflora

Áreas sob pressão

Além dos desafios da própria comercialização, os negócios da chamada sociobiodiversidade também sofrem com pressões como o avanço do desmatamento e outras atividades. A área do PDS Paraíso, por exemplo, vem enfrentando disputas por território e áreas com concentração de árvores de cumaru queimaram na temporada de incêndios, o que pode comprometer a atividade extrativista.

“FORA A GERAÇÃO DE RENDA E CONSERVAÇÃO DA FLORESTA, O EXTRATIVISMO TAMBÉM É UM ALIADO NO MONITORAMENTO DO TERRITÓRIO, JÁ QUE OS EXTRATIVISTAS PERCORREM LONGOS TRAJETOS ATÉ CHEGAR NAS ÁREAS DE COLETA E, NESSE DESLOCAMENTO, PODEM IDENTIFICAR INVASÕES E ÁREAS DESMATADAS, POR EXEMPLO.”

Leo Ferreira, Coordenador de Projetos do Imaflora
Monitoramento das áreas precisa ser fortalecido pela atuação de órgãos públicos, para que as pressões e ameaças à sustentabilidade da cadeia produtiva possam ser controladas. Foto: Imaflora

fonte: Ciclo Vivo

Prefeitura de SP vai implantar energia solar em 775 escolas e 80 UBS

Cerca de 775 escolas e edifícios administrativos vinculados à Secretaria Municipal de Educação da capital paulista serão abastecidos com energia solar. Além disso, a prefeitura de São Paulo levará a energia renovável a 80 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Ambas iniciativas integram o Programa Energia Limpa.

No caso dos postos de saúde, o edital de licitação da Parceria Público-Privada foi aberto em dezembro de 2020, sendo o Consórcio Sol da Saúde o vencedor da concorrência. O contrato de concessão é de 25 anos, período em que calcula que serão evitados a emissão de 24,5 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. 

“Os painéis solares serão instalados em 80 UBS, mas outras 92 poderão ser beneficiadas com o autoconsumo remoto, totalizando 172 unidades. No primeiro ano, haverá produção de cerca de 5,5 GWh por meio da implementação de 3,45 MW de potência instalada”, afirma a prefeitura em comunicado. 

Com a instalação das placas solares, a economia potencial com energia elétrica é de 52% mensalmente. O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, afirma que a estimativa de economia é de R$ 36 milhões ao longo de 25 anos. 

Já para as instituições educacionais, o Chamamento Público foi lançado em julho deste ano. A expectativa da prefeitura é receber os estudos ainda neste semestre para lançar o edital de concessão no início de 2022. O projeto prevê a implantação de 25,7 MW de capacidade total a partir de painéis fotovoltaicos.

São Paulo já figura na lista dos cinco estados com maior potência solar instalada e o momento é propício para acelerar a transição energética. A energia solar é considerada hoje a fonte de eletricidade mais barata e muitas agências apostam nas renováveis para impulsionar a economia no pós pandemia. Além disso, garantir a autossuficiência energética será essencial para enfrentar a alta de preços das tarifas de energia e possíveis racionamentos.  

fonte: Ciclovivo

sexta-feira, janeiro 24

Único de barba branca e costas vermelhas, nova espécie de macaco 'zogue-zogue' é descrita na Amazônia

Visto entre RO e MT, primata pode ser incluído na lista dos quase ameaçados de extinção por ter sido observado em áreas de desmatamento, dizem pesquisadores. 

Uma nova espécie do macaco "zogue-zogue" acaba de ser descrita e confirmada na Amazônia: é o Plecturocebus parecis, possivelmente visto pela primeira vez há mais de um século. O nome científico do primata faz referência à Chapada dos Parecis, já que macacos da espécie foram observados em uma área da região que fica entre Rondônia e Mato Grosso (MT).
"Em 2011, foram observados os primeiros indivíduos de zogue-zogue, vistos nos municípios Pimenta Bueno e Vilhena. Conferimos artigos e livros para verificar se já existia uma descrição ou se tratava de uma espécie nova. Observando a morfologia, levantou-se a hipótese de que seria uma espécie nova. Agora foi descrito cientificamente. É oficial", explicou Almério Gusmão, pesquisador da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e professor do Centro Técnico Estadual de Educação Rural Abaitará (Centec Abaitará), em Pimenta Bueno (RO).
A recém descoberta foi publicada no periódico Primate Conservation. Além de Almério, a pesquisadora Mariluce Messias, da Universidade Federal de Rondônia (Unir), e outros 13 cientistas do Acre, Pará, Sergipe e da Universidade Estadual de Nova York, em Stony Brook, nos Estados Unidos, fizeram observações de grupos do mais novo "zogue-zogue". Outros registros do animal foram obtidos em regiões de Mato Grosso.

"Agora são 24 espécies do Plecturocebus descritos. O Plecturocebus parecis foi descrito recentemente, em dezembro de 2019, quando saiu a publicação", complementou Mariluce Messias. 


A diferença que saltou aos olhos dos estudiosos foi a coloração do macaco. Diferente da pelagem grisalha característica do Plecturocebus, o também conhecido como "zogue-zogue-de-barba-branca" conta com uma coloração que mescla entre castanho e vermelho nas costas, tons claros e pelos curtos nas mãos, além da barba esbranquiçada. Foram investigadas mais de 50 variáveis do primata.
O único relato breve sobre a espécie foi feito pelo naturalista Alipio de Miranda Ribeiro, da Comissão das linhas telegráficas de Rondon, publicado em seu livro em 1914. Alipio de Miranda descreveu que dois espécimes foram coletados na cabeceira do rio Ji-Paraná, em Rondônia, que aparentemente se tratavam do "zogue-zogue" dos Parecis. 

Veja matéria completa em Portal G1

quinta-feira, janeiro 24

Você sabe o que é Bookcrossing?


 O que é o BookCrossing

O BookCrossing é a prática de deixar um livro num local público, para ser encontrado e lido por outro leitor, que por sua vez deverá fazer o mesmo. O objetivo do Bookcrossing é “transformar o mundo inteiro numa biblioteca”. Os membros desta comunidade de leitores, que não conhece limites geográficos,  possuem um sentimento de partilha tão grande que não se importam de libertar seus próprios livros em locais como cafés, transportes públicos, bancos de praças e outros lugares que a imaginação ditar, para que outras pessoas os possam ler, ao invés de manter as obras paradas nas estantes. É uma forma de tornar o acesso à cultura e especificamente à leitura verdadeiramente universal.

Pontos de BookCrossing

PONTOS DE BOOKCROSSING são espaços abertos ao público, como cafés, lojas, restaurantes, bibliotecas etc., escolhidos pelos usuários do movimento para libertarem livros com a autorização do estabelecimento. Estes locais possuem uma prateleira ou uma estante especialmente para o BookCrossing e se encontram identificados com cartazes e adesivos.
São lugares mais seguros para os livros, já que funcionários e pessoas que circulam por ali tem familiaridade com o movimento e os exemplares não correm o risco de se perder ou ficarem guardados.

O primeiro Ponto de BookCrossing no Brasil foi criado em São Paulo, em outubro de 2007. De lá para cá, surgiram outros espaços em diversos Estados do Brasil.
BookCrossing no Brasil
O BookCrossing chegou ao Brasil em 2001, alguns meses depois que foi lançado o BookCrossing.com nos EUA, seja por meio da Internet ou de livros que viajaram de um país ao outro. Está presente em todos os estados brasileiros e conta com cerca de 8 mil usuários cadastrados.
Além de libertar regularmente livros em lugares públicos, os usuários do movimento no Brasil participam de diversos eventos literários como bienais e festas literárias, quando seus usuários promovem uma “libertação em massa” e distribuem centenas ou milhares de exemplares para o público.
Atualmente, existem cerca de 65 Pontos Oficiais de BookCrossing em todo o Brasil (ver lista aqui).

quinta-feira, março 8

China planeja parque nacional para pandas de 2,7 milhões de hectares

A China criará um parque nacional de 2,7 milhões de hectares para ursos pandas, com o objetivo de estimular a reprodução da população selvagem deste mamífero.

Um crédito de pelo menos 10 bilhões de yuanes (1,6 bilhão de dólares) para os próximos cinco anos foi anunciado para a criação do parque em uma região montanhosa do sudoeste da China, informa o jornal estatal China Dialy.
O plano do parque foi anunciado no início do ano pelo Partido Comunista e o Conselho de Estado, indicou o jornal.

O objetivo é fazer com que os pandas que estão na natureza em diferentes regiões isoladas das províncias de Sichuan, Shaanxi e Gansu se misturem e reproduzam.
O processo de reprodução dos pandas gigantes é muito lento, o que contribui, ao lado da redução do habitat, a para sua classificação como "vulneráveis" na lista vermelha de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Mais de 80% dos pandas que vivem na natureza se encontram em Sichuan.
Os créditos foram garantidos após a assinatura de um acordo entre o Banco da China e o departamento de florestas da província de Sichuan, segundo o China Daily.

fonte: site AFP

sábado, janeiro 13

China constrói autoestrada de painéis solares

Com objetivos cada vez mais ousados, a China continua os seus investimentos em energia limpa. Dessa vez, a capital da província de Shandong, Jinan, construiu uma autoestrada feita com painéis solares


A construção tem uma extensão de dois quilômetros, com uma área total de 5.875 metros quadrados, e é composta por três camadas: betão transparente em cima, painéis fotovoltaicos no meio e isolamento em baixo.
A estrada chinesa tem duas vias destinadas à circulação normal e uma para emergências, tendo sido desenhada para transportes públicos e para veículos elétricos.
Com mais de cinco mil metros quadrados de painéis solares, a estrada tem o potencial de gerar um milhão de kWH por ano, o suficiente para satisfazer as necessidades domésticas de 800 casas.

Além de alimentar a iluminação das ruas, a eletricidade produzida pela estrada também servirá para o sistema de derretimento de neve e para os postos de carga dos carros elétricos. Mas, embora seja um projeto empreendedor, é também um projeto ambicioso.
Cada metro quadrado desta autoestrada tem um custo de 458 dólares, cerca de 377 euros, o que torna esta autoestrada um projeto dispendioso.
Embora possa parecer uma via frágil, Zhang Hongchao, um dos responsáveis do projeto e especialista em Engenharia de Transporte da Universidade de Tongji, afirma que esta autoestrada aguenta dez vezes mais pressão do que o asfalto normal.

fonte NeoMondo

quarta-feira, agosto 23

Brasileiros ficam em 1º lugar em Olimpíada Internacional de Matemática

Com quatro medalhas conquistadas, o Brasil ficou em primeiro lugar na 7ª Olimpíada de Matemática da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). A disputa aconteceu de 23 a 30 de julho de 2017, na cidade de Porto, em Portugal.
As condecorações foram ganhadas por quatro jovens: Pedro Gomes Cabral, de Pernambuco, e Gabriel Ribeiro Paiva, do Ceará, que receberam a medalha de ouro; e André Hiroshi Koga, de São Paulo, e Eduardo Quirino de Oliveira, do Distrito Federal, levaram a de prata. 

A equipe viajou com tutores e, já em Portugal, passou por dois dias de provas. Cada avaliação tinha três problemas matemáticos, e o tempo destinado à resolução era de quatro horas e meia.

"Os problemas são bem diferentes dos que os que se encontram no ensino normal", diz Pedro Gomes, de 15 anos, que está cursando o primeiro ano colegial, em entrevista à GALILEU. "É necessário explicar cada detalhe da sua solução e a dificuldade é muito alta."



Já para Gabriel Paiva, de 14 anos, estudante do 9º ano no ensino fundamental, a preparação foi a parte mais difícil. "Estudei muito e assisti a várias aulas ministradas", conta. "Depois disso, comecei a treinar de forma intensiva para estar mais bem preparado para realizar a prova." 

Todo esfoço foi recompensando. Além da medalha, o feito será importante para o futuro profissional dos garotos. "Foi uma experiência diferente e boa, pois ganhei novas amizades, aprendi sobre algumas culturas diferentes e ganhei mais experiência com olimpíadas internacionais", declara Paiva. 

Olimpíada
A competição reuniu jovens de diversos países de língua portuguesa: Angola, Brasil Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

O Brasil participa da CPLP desde o ínicio, e já sediou o torneio em 2012 e 2016. Com a vitória deste ano, o país agora possui, no total, 11 medalhas de ouro, 16 pratas e uma de bronze. 

segunda-feira, junho 5

Descoberto sapo transparente na Amazônia

Se existe um animal que não é lá muito bom em disfarçar ansiedade, este é a rãzinha Hyalinobatrachium yaku. Seu coração pode ser visto batendo acelerado por debaixo da pele, graças a uma camada incrivelmente transparente na região do peito. A variedade integra o gênero dos glassfrogs, apelido que os cientistas deram para os sapos de pele tão clara quanto o vidro.
Apesar de ter vários parentes com essa mesma habilidade de transparência, cientistas acreditam que a espécie seja única por uma série de motivos. E o primeiro está exatamente no coração. No caso da Hyalinobatrachium yaku, o órgão pode ser visto sob a pele com sua cor verdadeira, um vermelho vivo. Isso não acontece em outras variedades de glassfrogs, em que todos os órgãos – o coração, incluso – aparentam ter a cor branca. Também entram na lista de peculiaridades os pontos em verde escuro que a espécie possui no corpo todo, sobretudo nas costas.
Mas o mais interessante mesmo são seus comportamentos reprodutivos incomuns – quem realiza a guarda dos ovos são os machos, por exemplo. O local onde os proto-filhotes são estocados antes de ganharem o mundo também não é nada usual: a parte de baixo das folhas das árvores. Quando estiverem prontos para eclodir, os ovos se descolam e caem na água, onde as crias estão livres para completar seu desenvolvimento.
A espécie foi descrita pela primeira vez há algumas semanas, em um estudo divulgado no periódico Zookeys. Ela pode ser encontrada saltitante em cima das árvores na Amazônia equatoriana – lá, pelo menos, foi o lugar onde apareceu pela primeira vez.
Mas manter esse habitat latino-americano pode ser considerado um problema para a sobrevivência da espécie, de acordo com os pesquisadores. Essa região amazônica é marcada pela extração de petróleo e desmatamento, atividades que podem destruir por completo o local onde os sapos são encontrados – ou pelo menos comprometer gravemente a interação entre populações.
“Esperamos que descobertas como a desse sapinho possam nos ajudar no alerta de que há muita coisa para ser perdida com a extração continuada de combustíveis fósseis, além daquilo que já sabemos sobre as mudanças climáticas”, disse Paul Hamilton, um dos autores do estudo, à revista New Scientist.

fonte: Site Revista Superinteressante

quinta-feira, abril 27

300 aplicativos educacionais abertos para usar em sala de aula

Para inovar no processo de ensino-aprendizagem, projeto nascido na UFRGS reúne softwares para Android que podem ser usados e modificados livremente

Já imaginou se uma tabela reunisse vários aplicativos livres para celulares e tablets do sistema Android? E se essa tabela também apresentasse indicações de quais disciplinas poderiam usar o recurso? Melhor ainda, não é? Pois agora isso existe, graças ao projeto “Software Educacional livre para Dispositivos Móveis”.
Elaborada pelo professor Paulo Francisco Slomp e pelo estudante André Ferreira Machado, ambos da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a tabela reúne 305 aplicativos, que podem ser usados como complemento para o processo de ensino-aprendizagem. Desses, 78 servem para a educação infantil, 154 para os anos iniciais do ensino fundamental, 173 para os anos finais do ensino fundamental, 181 para o Ensino Médio e 203 para o Ensino Superior.
Para quem não sabe, o nome software livre significa, no caso da tabela, que o aplicativo é um REA (Recurso Educacional Aberto). A sigla, por sua vez, é usada para designar um material educativo licenciado de forma pública, permitindo que qualquer pessoa interessada use ou adapte o conteúdo da forma como preferir.

A tabela está disponível em português, e também conta com versões em inglês, espanhol, francês e italiano.

fonte: Site Porvir



domingo, janeiro 8

Suecos criam máquina solar capaz de purificar 600 litros de água/hora

O desejo de encontrar soluções sustentáveis para o problema da falta de água potável – que chega a assolar um bilhão de pessoas neste planeta – é o que move o casal de empreendedores suecos Annika Johansson e Greger Nilsson. Juntos, eles criaram o kit de purificação de água Greenwater, que conta com uma combinação de tecnologias: luz ultravioleta (UV) e energia solar.

O sistema de purificação da Greenwater elimina da água as bactérias patogênicas, vírus, amebas e parasitas, inclusive bactérias resistentes ao cloro, de maneira sustentável. O sistema tem capacidade para filtrar 600 litros por hora, o que equivale a um consumo diário, em média, de 80 pessoas.
Carregado por energia solar, o kit dispensa o uso da eletricidade vinda da rede, facilitando sua aplicação em regiões com pouca infraestrutura, sem acesso à energia elétrica. Além disso, o equipamento é portátil, tornando o transporte muito mais simples.
“As soluções da Greenwater podem ser aplicadas em diversos contextos: de situações críticas, como catástrofes, em que a infraestrutura de uma região é devastada, não restando qualquer possibilidade de acesso à água potável, passando por países ou comunidades carentes de um sistema de água e esgoto, até empresas que estejam em busca de soluções sustentáveis e inovadoras para o tratamento, seja para a entrada (input) ou para a saída (output), da água”, explica Greger Nilsson, responsável pela área de desenvolvimento.

Primeiros testes
Em abril, a equipe da Greenwater fez os primeiros testes de campo em Ruanda, na África, com sucesso. Agora, a empresa finaliza algumas adaptações do Kit para torná-lo ainda mais eficiente para o tipo de água daquela região. O país africano deve receber 25 unidades do equipamento, que serão instaladas em escolas, hospitais, centros comunitários, entre outros.
No Brasil
O Brasil também está no cronograma de testes da companhia. O objetivo é atingir dois grupos: um deles é formado por comunidades carentes, como favelas, e populações que vivem em regiões afastadas dos centros urbanos, muitas vezes sem acesso a saneamento e água potável. O outro grupo é formado pelos setores da construção civil, principalmente nos novos projetos de condomínios e casas autossustentáveis, e pela agricultura de diversos portes.
“Nossa meta é, antes de mais nada, entender as necessidades específicas de cada comunidade, e então oferecer a solução mais adequada, num diálogo sustentável”, explica Telma Gomes,  gestora internacional do projeto. “Trabalhamos alinhados à meta número seis dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, compilados pela ONU, que é assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos até 2030.”
Fonte: Site Ciclo Vivo