quarta-feira, agosto 23

Brasileiros ficam em 1º lugar em Olimpíada Internacional de Matemática

Com quatro medalhas conquistadas, o Brasil ficou em primeiro lugar na 7ª Olimpíada de Matemática da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). A disputa aconteceu de 23 a 30 de julho de 2017, na cidade de Porto, em Portugal.
As condecorações foram ganhadas por quatro jovens: Pedro Gomes Cabral, de Pernambuco, e Gabriel Ribeiro Paiva, do Ceará, que receberam a medalha de ouro; e André Hiroshi Koga, de São Paulo, e Eduardo Quirino de Oliveira, do Distrito Federal, levaram a de prata. 

A equipe viajou com tutores e, já em Portugal, passou por dois dias de provas. Cada avaliação tinha três problemas matemáticos, e o tempo destinado à resolução era de quatro horas e meia.

"Os problemas são bem diferentes dos que os que se encontram no ensino normal", diz Pedro Gomes, de 15 anos, que está cursando o primeiro ano colegial, em entrevista à GALILEU. "É necessário explicar cada detalhe da sua solução e a dificuldade é muito alta."



Já para Gabriel Paiva, de 14 anos, estudante do 9º ano no ensino fundamental, a preparação foi a parte mais difícil. "Estudei muito e assisti a várias aulas ministradas", conta. "Depois disso, comecei a treinar de forma intensiva para estar mais bem preparado para realizar a prova." 

Todo esfoço foi recompensando. Além da medalha, o feito será importante para o futuro profissional dos garotos. "Foi uma experiência diferente e boa, pois ganhei novas amizades, aprendi sobre algumas culturas diferentes e ganhei mais experiência com olimpíadas internacionais", declara Paiva. 

Olimpíada
A competição reuniu jovens de diversos países de língua portuguesa: Angola, Brasil Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

O Brasil participa da CPLP desde o ínicio, e já sediou o torneio em 2012 e 2016. Com a vitória deste ano, o país agora possui, no total, 11 medalhas de ouro, 16 pratas e uma de bronze. 

segunda-feira, junho 5

Descoberto sapo transparente na Amazônia

Se existe um animal que não é lá muito bom em disfarçar ansiedade, este é a rãzinha Hyalinobatrachium yaku. Seu coração pode ser visto batendo acelerado por debaixo da pele, graças a uma camada incrivelmente transparente na região do peito. A variedade integra o gênero dos glassfrogs, apelido que os cientistas deram para os sapos de pele tão clara quanto o vidro.
Apesar de ter vários parentes com essa mesma habilidade de transparência, cientistas acreditam que a espécie seja única por uma série de motivos. E o primeiro está exatamente no coração. No caso da Hyalinobatrachium yaku, o órgão pode ser visto sob a pele com sua cor verdadeira, um vermelho vivo. Isso não acontece em outras variedades de glassfrogs, em que todos os órgãos – o coração, incluso – aparentam ter a cor branca. Também entram na lista de peculiaridades os pontos em verde escuro que a espécie possui no corpo todo, sobretudo nas costas.
Mas o mais interessante mesmo são seus comportamentos reprodutivos incomuns – quem realiza a guarda dos ovos são os machos, por exemplo. O local onde os proto-filhotes são estocados antes de ganharem o mundo também não é nada usual: a parte de baixo das folhas das árvores. Quando estiverem prontos para eclodir, os ovos se descolam e caem na água, onde as crias estão livres para completar seu desenvolvimento.
A espécie foi descrita pela primeira vez há algumas semanas, em um estudo divulgado no periódico Zookeys. Ela pode ser encontrada saltitante em cima das árvores na Amazônia equatoriana – lá, pelo menos, foi o lugar onde apareceu pela primeira vez.
Mas manter esse habitat latino-americano pode ser considerado um problema para a sobrevivência da espécie, de acordo com os pesquisadores. Essa região amazônica é marcada pela extração de petróleo e desmatamento, atividades que podem destruir por completo o local onde os sapos são encontrados – ou pelo menos comprometer gravemente a interação entre populações.
“Esperamos que descobertas como a desse sapinho possam nos ajudar no alerta de que há muita coisa para ser perdida com a extração continuada de combustíveis fósseis, além daquilo que já sabemos sobre as mudanças climáticas”, disse Paul Hamilton, um dos autores do estudo, à revista New Scientist.

fonte: Site Revista Superinteressante

quinta-feira, abril 27

300 aplicativos educacionais abertos para usar em sala de aula

Para inovar no processo de ensino-aprendizagem, projeto nascido na UFRGS reúne softwares para Android que podem ser usados e modificados livremente

Já imaginou se uma tabela reunisse vários aplicativos livres para celulares e tablets do sistema Android? E se essa tabela também apresentasse indicações de quais disciplinas poderiam usar o recurso? Melhor ainda, não é? Pois agora isso existe, graças ao projeto “Software Educacional livre para Dispositivos Móveis”.
Elaborada pelo professor Paulo Francisco Slomp e pelo estudante André Ferreira Machado, ambos da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a tabela reúne 305 aplicativos, que podem ser usados como complemento para o processo de ensino-aprendizagem. Desses, 78 servem para a educação infantil, 154 para os anos iniciais do ensino fundamental, 173 para os anos finais do ensino fundamental, 181 para o Ensino Médio e 203 para o Ensino Superior.
Para quem não sabe, o nome software livre significa, no caso da tabela, que o aplicativo é um REA (Recurso Educacional Aberto). A sigla, por sua vez, é usada para designar um material educativo licenciado de forma pública, permitindo que qualquer pessoa interessada use ou adapte o conteúdo da forma como preferir.

A tabela está disponível em português, e também conta com versões em inglês, espanhol, francês e italiano.

fonte: Site Porvir



domingo, janeiro 8

Suecos criam máquina solar capaz de purificar 600 litros de água/hora

O desejo de encontrar soluções sustentáveis para o problema da falta de água potável – que chega a assolar um bilhão de pessoas neste planeta – é o que move o casal de empreendedores suecos Annika Johansson e Greger Nilsson. Juntos, eles criaram o kit de purificação de água Greenwater, que conta com uma combinação de tecnologias: luz ultravioleta (UV) e energia solar.

O sistema de purificação da Greenwater elimina da água as bactérias patogênicas, vírus, amebas e parasitas, inclusive bactérias resistentes ao cloro, de maneira sustentável. O sistema tem capacidade para filtrar 600 litros por hora, o que equivale a um consumo diário, em média, de 80 pessoas.
Carregado por energia solar, o kit dispensa o uso da eletricidade vinda da rede, facilitando sua aplicação em regiões com pouca infraestrutura, sem acesso à energia elétrica. Além disso, o equipamento é portátil, tornando o transporte muito mais simples.
“As soluções da Greenwater podem ser aplicadas em diversos contextos: de situações críticas, como catástrofes, em que a infraestrutura de uma região é devastada, não restando qualquer possibilidade de acesso à água potável, passando por países ou comunidades carentes de um sistema de água e esgoto, até empresas que estejam em busca de soluções sustentáveis e inovadoras para o tratamento, seja para a entrada (input) ou para a saída (output), da água”, explica Greger Nilsson, responsável pela área de desenvolvimento.

Primeiros testes
Em abril, a equipe da Greenwater fez os primeiros testes de campo em Ruanda, na África, com sucesso. Agora, a empresa finaliza algumas adaptações do Kit para torná-lo ainda mais eficiente para o tipo de água daquela região. O país africano deve receber 25 unidades do equipamento, que serão instaladas em escolas, hospitais, centros comunitários, entre outros.
No Brasil
O Brasil também está no cronograma de testes da companhia. O objetivo é atingir dois grupos: um deles é formado por comunidades carentes, como favelas, e populações que vivem em regiões afastadas dos centros urbanos, muitas vezes sem acesso a saneamento e água potável. O outro grupo é formado pelos setores da construção civil, principalmente nos novos projetos de condomínios e casas autossustentáveis, e pela agricultura de diversos portes.
“Nossa meta é, antes de mais nada, entender as necessidades específicas de cada comunidade, e então oferecer a solução mais adequada, num diálogo sustentável”, explica Telma Gomes,  gestora internacional do projeto. “Trabalhamos alinhados à meta número seis dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, compilados pela ONU, que é assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos até 2030.”
Fonte: Site Ciclo Vivo